MORADAS DO ÍNTIMO
ESPAÇO CULTURAL MARCANTONIO VILAÇA
Brasília, Brasil | 2009
Houses from different locations in the Federal District have housed for a week facilities that have become an integral part of the residents' daily household. Typical elements of the home such as coffee, cardboard boxes and books were re-read to illustrate the interaction between artist, host and environment. Mutual trust between who produces and who receives the work has created a new reality, formed by the combination of the intimacy of each one, and that changes according to the approach or strangeness of the spectator before the work.
The artists' intimacy has changed when they have contact with the residents, and has adapted again when they have to physically integrate this manifestation with the space and elements of the residences. The installations, already influenced by the residents, undergo further transformation as they are transported to the gallery, where they change in the eyes of every viewer. They will be presented to the audience combined with videos and photographs, which illustrate the experience of the artists, the residents and, above all, the works themselves.
Moradas do íntimo proposes a path that transcends the physical space, and suggests a reasoning about the influence of the environment on the artist, and of these on the work. The demytification of contemporary art promoted by the direct contact of the residents with the production of the works and with the artists opens possibilities of deeper experiences with art, also resident of the domestic space and informal.
Casas de diferentes locais do DF abrigaram por uma semana instalações que se tornaram parte integrante do cotidiano doméstico dos moradores. Elementos típicos do lar como café, caixas de papelão e livros sofreram uma releitura que ilustra a interação entre artista, anfitrião e ambiente. A confiança recíproca entre quem produz e quem recebe a obra criou uma nova realidade, formada pela combinação dos íntimos de cada um, e que muda conforme a aproximação ou estranhamento do espectador diante da obra. O íntimo dos artistas sofreu mudanças ao ter contato com os moradores, e se adaptou novamente ao ter de integrar fisicamente essa manifestação ao espaço e aos elementos das residências. As instalações, já influenciadas pelos moradores, passam por nova transformação ao serem transportadas para a galeria, onde se modificam aos olhos de cada espectador. Elas serão apresentadas ao público combinadas a vídeos e fotografias, que ilustram a experiência dos artistas, dos moradores e, acima de tudo, das próprias obras. Moradas do íntimo propõe um percurso que transcende o espaço físico, e sugere um raciocínio sobre a influência do ambiente sobre o artista, e desses sobre a obra. A desmitificação da arte contemporânea promovida pelo contato direto dos moradores com a produção das obras e com os artistas abre possibilidades de experiências mais profundas com a arte, também residente do espaço doméstico e informal.